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Notícias da paróquia › 19/10/2021

MARIA DE MIL TÍTULOS – A ÚNICA MÃE DE DEUS

 

Ariovaldo Lunardi (*)

 

Uma dúvida muito frequente entre católico e não católicos é sobre a figura de Maria, a mãe de Deus ou como melhor denominamos a Nossa Senhora, porque se sabe da existência de um número expressivo de “Nossas Senhoras” com as mais diversas denominações: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Guadalupe e tantas outras, cujas denominações preencheriam páginas e páginas. Estima-se mais de 1.100 títulos para Maria. São muitos nomes, mas dedicados a uma única pessoa: a Virgem, mãe de Deus.

Na verdade, trata-se de Maria, uma jovem judia nascida em Nazaré há pouco mais de 2 mil anos, quando essas terras ao sul de Israel eram parte do Império Romano. Para o cristianismo, ela ocupa papel de destaque na história da humanidade, pois ela se tornou a mãe de Jesus Cristo.

Nos evangelhos de Jesus Cristo segundo Mateus e Lucas, Maria uma jovem de 15 anos, ficou grávida por obra do Espírito Santo, sem ter envolvimento com homem algum, claro tudo isso ocorreu quando Maria estava prometida em casamento a José que se encontrava por volta dos 30 anos de idade.

A partir do nascimento da criança, Jesus, o mundo não seria mais o mesmo tornando-se um Marco para crentes e não crentes, sendo ele o fundador da igreja totalmente inspirada nos seus ensinamentos, ou seja do cristianismo. o que

crime importância de nossa Senhora dentro da história da salvação é tão importante que os católicos não se limitam a chamá-la de simplesmente Santa Maria, Até porque segundo as palavras do próprio Jesus Cristo pregado na Cruz ao apresentar Maria ao discípulo amado, naquele momento representando toda a humanidade, Ele a denomina como a mãe de todos nós.

Então é justo que, sendo a mãe de todos, Maria se faz aparecer nas mais diversas localidades e nas mais diversas situações, sendo homenageada com o título da localidade ou da devoção. Outras ainda recebem seus nomes conforme as necessidades do momento, como, por exemplo, Nossa Senhora Desatadora de Nós (para a solução de problemas), e Nossa Senhora do Bom Parto (protetora das gestantes).

Muitos títulos dedicados a Nossa Senhora, são tidos como dogmáticos, por exemplo, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, assim denominada através de Bula assinada pelo Papa Pio IX, que declarou Maria sem a mancha do pecado original, ou até mesmo a sua condição de Virgem Maria, consagrada em 649, no Concílio de Latrão, instituindo e reconhecendo a sua virgindade perpétua.

Portanto, todos esses títulos se referem a uma única Santa, Maria a mãe que deu à luz a Jesus de Nazaré, a Mãe de Deus, conforme dogmaticamente foi reconhecida, no III Concílio de Éfeso no ano 431.

Desde o princípio do cristianismo a devoção a Maria já era bastante expressiva, por se entender que Maria era um canal direto ao próprio Cristo o seu filho, e o pedido de uma mãe nenhum filho nega,

A narrativa do milagre que ocorreu nas bodas de caná, que conhecemos através do Evangelista João, com a transformação da água em vinho, durante uma festa de casamento, ocorreu por solicitação de Maria, e é considerado o seu primeiro milagre. Em que pese Jesus ter dito a sua mãe que ainda não era a sua hora, ele não deixou de atender o pedido. Com isso, fica clara a importância dela como intercessora.

O tema de Maria está vivo em todos os períodos da história do cristianismo. Há uma tradição que assinala que a primeira aparição de Maria teria ocorrido na Espanha, em 40 d.C., sendo presenciada por São Tiago, apóstolo de Jesus, considerado o evangelizador daquela região. O título ali reconhecido foi o de Nossa Senhora do Pilar, já que, segundo o relato, Maria teria aparecido em uma coluna, pedindo que ele construísse um santuário naquele lugar.

Desde a morte e ressurreição de Jesus Cristo, os relatos da aparição de Nossa Senhora foram constantes e por isso hoje se identifica mais de mil títulos dirigidos à Mãe de Deus. É importante que se diga que nem sempre a Igreja aprova ou torna oficial as aparições, que sem dúvida continuam existindo, pois respeita-se um protocolo que deve ser seguido e respeitado para o reconhecimento, permanecendo muitas em análise, sendo, no entanto, permitido somente a liberdade de culto.

Um dos parâmetros que são analisados é se o que supostamente a Virgem Maria disse aos videntes é condizente com os princípios cristãos e consequentemente com a Igreja, passando pela avaliação psicológica e moral daqueles que dizem ter presenciado o evento.

Concluindo, pode-se afirmar que Maria é única e a Nossa Senhora vive no coração de cada um dos seus filhos, e muitas vezes esse carinho transcende o nosso entendimento, e ela vem, se expõe, se mostra por inteira e transmite um ensinamento ao mundo.

As aparições de Nossa Senhora não cessaram. Assim como em Fátima ela fala com os três pastorinhos revelando segredos; em Lourdes dentro da gruta de Massabielle ela surge para Bernadete; em Guadalupe quando aparece ao índio Juan Diego, e até mesmo em Aparecida, quando sua imagem é resgatada através das redes dos pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, ainda hoje, pelo mundo todo são constantes a revelação da Virgem Maria, porque ela simplesmente é mãe e quer estar sempre junto dos seus filhos.

Pe. Zezinho, em uma das suas lindas canções – Uma só Maria – também nos ensina: Mãe do Perpétuo Socorro/ Virgem Auxiliadora/ Nossa Senhora da Penha/ Nossa Senhora das Luzes/ De Lourdes ou Aparecida/ Ou de Guadalupe tu és/ Do Bom Conselho ou de Nazaré/ Pra quem tem fé/ És a mesma pessoa/ Uma só Maria/ Mesma santa e mesma mulher/ Muitos nomes e uma só mãe.

(*) Ariovaldo Lunardi é advogado e teólogo, Ministro da Palavra e da Distribuição da Comunhão da Catedral de Santo Antônio em Osasco-SP.

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